A energia solar viveu um ano histórico em 2021, com recordes na expansão da fonte por todo o Brasil. De janeiro a dezembro, foram gerados mais de 3,5 GW de potência instalada em residências, fachadas e pequenos terrenos, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Trata-se de um recorde histórico, que superou com folga os 2,68 GW contabilizados em 2020 e que ajudou o setor a alcançar a marca de 8,26 GW de potência instalada desde o início da operação da fonte no Brasil.
Nas grandes usinas, com faixa de potência superior a 5 MW, a fonte também registrou crescimento expressivo, terminando o ano com pouco mais de 4,62 GW em operação, o que representa um aumento de 49,5% em relação aos 3,09 GW que haviam sido alcançados no começo de janeiro.
Segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), os sistemas solares no Brasil já representam mais de 70% de toda a potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo e a maior da América Latina.
De janeiro a dezembro, todo o volume acumulado também se refletiu na expansão da energia solar na matriz energética nacional, deixando de ser a sétima maior fonte de geração energética do país para se tornar a sexta maior, com participação de 2,4%. Em janeiro, o percentual era de apenas 1,6%.
Leia também: “Energia solar cresce no RN, prevê mais empregos e qualificação como chave”, analisa APER em reunião com o SENAI.
Em 2021, o Brasil também entrou para o grupo de 15 países líderes em capacidade instalada de energia solar no mundo e as expectativas agora são que os investimentos na área se expandam cada vez mais a partir do ano que vem.
Dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), por exemplo, apontam que para 2022, acredita-se em números ainda maiores do que os apresentados neste ano, já que desde 2020, só a GD (geração distribuída) fotovoltaica vem crescendo cerca de 230% ao ano no Brasil.
No entendimento de Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, a tendência para 2022 é que o setor continue evoluindo, sobretudo por causa de três fatores: a grande quantidade de projetos de geração centralizada que devem começar a operar no país, a procura maior por sistemas solares com a aprovação do PL 5829 e os aumentos na conta de luz previstos para o ano que vem na ordem de 21%.
“O ano de 2021 foi histórico e de recordes para o setor de energia solar no Brasil. Foi o ano em que o país mais atraiu investimentos e mais gerou empregos. Para 2022, não temos condições de antecipar números ainda, mas é bem provável que tenhamos outro ano de recordes”, disse.
Fonte: Canal Solar.