O salto da energia solar distribuída no Brasil em 2021 foi enorme e no Rio Grande do Norte os números comprovam que o crescimento foi ainda maior, superando a marca do País. O segmento atraiu em território nacional mais de R$ 21,8 bilhões em investimentos e cresceu 78,6%, enquanto no Rio Grande do Norte o crescimento foi de 124,5%, acima também da Região Nordeste, que cresceu 95,7%. Em 2021 os investimentos estimados no RN foram superiores a R$ 543 milhões, devendo superar R$ 1 bilhão em 2022.
Em termos absolutos, o RN fica atrás apenas da BA, CE e PE. Se considerarmos uma proporcionalidade em relação PIB e à população, o Estado ocupa a 2ª melhor posição na região Nordeste, tendo apenas o estado do PI à sua frente.
Esse crescimento está representado em mais de 18 mil domicílios residenciais, comerciais e industriais que recebem energia limpa, renovável e inesgotável, proporcionando significativa redução em suas despesas com energia elétrica. Outro dado interessante é que 98% dos municípios potiguares contam com, pelo menos, um sistema de energia solar fotovoltaica instalado. Uma verdadeira demonstração da grande aceitação da tecnologia por parte da população. Dos 167 municípios potiguares, 164 cidades já possuem energia solar.
Através do levantamento feito pela Associação Potiguar de Energias Renováveis – APER, os dados comprovam a vocação que o Rio Grande do Norte apresenta para a geração de energias renováveis, quer seja de fonte eólica (onde desponta como o maior produtor nacional) ou solar (distribuída ou centralizada), além de ratificar o espírito empreendedor do norte-rio-grandense e o apoio que essas fontes de energia têm recebido de instituições como SEBRAE, SENAI, Federação das Indústrias e Governo do Estado.
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“Os elevados reajustes nas tarifas de energia elétrica – que vêm ocorrendo sistematicamente em índices superiores à inflação nos últimos anos e com perspectiva de novos aumentos reais -, têm contribuído para que a energia solar distribuída tenha se tornado extremamente atrativa sob o ponto de vista econômico-financeiro, representando economia imediata e duradoura para os produtores-consumidores e apresentando baixos prazos para o retorno dos investimentos”, comenta José Maria Vilar, vice-presidente da APER e responsável pelo levantamento.
Por outro lado, o avanço da tecnologia tornou os equipamentos mais eficientes e robustos, com a expectativa de geração por um longo prazo, com os fabricantes prevendo uma pequena perda gradativa de eficiência ao longo do tempo, com estimativa dos fabricantes de alcançar 80% de eficiência no 25º ano de funcionamento; evidentemente que manutenção adequada e eventuais substituições de parte dos equipamentos ao longo do período fazem parte do processo.
Para Max Pereira, presidente da APER, o setor de geração de energia solar fotovoltaica distribuída consegue alcançar um raro equilíbrio: “Economia no bolso com sustentabilidade ambiental, tornando-o altamente atrativo, sob os diversos ângulos: para as famílias, representa significativa economia em seu orçamento doméstico; para as empresas, redução substancial do seu custo com energia elétrica, que em muitos casos representa o segundo maior item de custo, tornando-as mais competitivas”, comenta.
A energia solar parece ser um caminho sem volta, considerando a existência de uma rara convergência entre interesses governamentais – dada sua contribuição para a diversificação e segurança da matriz energética do país; econômicos, sociais e ambientais.